sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Achados e Perdidos


Todos os dias o sol surge, como sempre.

Todos os dias trabalhamos, como sempre. Todos os dias estudamos, como sempre. Nossos dias se resumem a isso, a fazer coisas que fazemos sempre. E tudo, que por acaso fugir disso, é diferente demais.

Segunda, terça, quarta, quinta e sexta.

Os dias se seguem, um após o outro. Como sempre.

Por que haveria de ser diferente?

Vivemos e nos escondemos dentro dessa rotina, dizendo para nós mesmos que sem isso nada seríamos. Quando no fundo, nem tão no fundo assim, o que queremos é apenas algo que balance nosso mundo. Algo que faça a diferença. E que faça com que enfrentemos tudo e não temamos nada.

Quando nos deparamos com essa brecha, o sol, que sempre nasce todos os dias, não nos parece tão igual ao dia anterior. Parece mais brilhante, mais radiante. De repente passamos a olhar pra cima e ver o céu e descobrimos que ele é azul, mas que às vezes fica rosa, laranja, meio esverdeado e quase preto.

Passamos a perceber que quando andamos uma leve brisa nos acompanha e isso já é motivo para deixar brotar uma leve sugestão de sorriso em nossos rostos. Nos flagramos pensando em coisas bizarras, corriqueiras, que antes nos proibíamos de pensar. Descobrimos que preferimos vermelho ao cinza. Que nosso sabor de sorvete preferido é o chocolate e que sempre esquecemos daquilo que queríamos lembrar.

Nos descobrimos humanos.

Tudo o que queríamos  era nos achar dentro de tanto caos, de tanta indiferença. Onde pessoas não agem como pessoas e animais não agem como animais. Queríamos nos achar para nos perder. Perder-se naquilo que realmente importa. Nos perder em um sorriso, em uma canção, em uma frase, em uma pessoa. Perder. Perder o ônibus, ou simplesmente mudar o rumo das coisas, por apenas um dia! Perder o horário. Perder o tempo e viver como se apenas uma coisa importasse pra você. Porque é realmente assim que as coisas deveriam ser.

2 comentários:

  1. Oi Clara!
    Nascer não é opção. Morrer é uma certeza. Viver é uma escolha. Anular a vida é uma tolice. O hoje, na verdade, é tudo o que temos para o dia.
    Como compôs Ivan Lins, “Depende de nós”. [sorrio]
    http://jefhcardoso.blogspot.com lhe espera. Abraço do Jefh e bom feriadão.

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    1. Olá, Jefferson!

      Realmente...
      Tudo o que temos é o dia que temos.
      E temos que aproveitar cada dia da melhor maneira que nos convém.

      Obrigada pelo comentário!

      Abraço, bom feriado para você também!

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